O Processo da Industrialização do Brasil
O presidente da República é apoiado pelos governadores dos estados que representam as oligarquias regionais dos coronéis. Mas os grandes beneficiados são os cafeicultores de Minas Gerais e São Paulo. A cada queda nos preços internacionais do café, o governo compra os estoques dos fazendeiros, dividindo os prejuízos com o resto do país. Na década de 1920, a industrialização e o crescimento das cidades promovem a ascensão de novos grupos sociais. O operariado se organiza e, em 1922, funda o Partido Comunista do Brasil
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, o fluxo internacional de comércio sofreu uma drástica desaceleração. Aumentaram as dificuldades para a exportação do café brasileiro, que foram ainda mais agravadas pela volumosa safra de 1917-18. Paralelamente, porém, o conflito mundial favoreceu o processo de industrialização do Brasil. A interrupção da entrada de capitais estrangeiros e a obrigação de honrar os compromissos da dívida externa minaram os estoques de divisas nacionais. Como conseqüência, foi necessário controlar as importações, já prejudicadas devido à guerra, e promover a produção nacional de artigos industrializados. Estima-se que a produção industrial brasileira cresceu a uma taxa anual de 8,5% durante os anos de conflito.
O processo de industrialização da década de 1920 se dividiu em duas etapas: a primeira até 1924, coincidindo com a terceira valorização do café (1921-24), quando foram realizados importantes investimentos em maquinaria que levaram à modernização da indústria; a segunda, de 1924 até 1929, quando ocorreu um processo de desaceleração na produção industrial, em virtude da retomada do fluxo de importações graças a uma taxa de câmbio que tornava mais barato o produto estrangeiro.
A crise política dos anos 20 foi caracterizada pela rejeição do sistema oligárquico , que era associado ao "rei Café". Seu desfecho foi o fim da hegemonia da burguesia cafeeira na condução da economia e da política brasileiras. Mas a estreita relação entre café e indústria fez com que tanto os cafeicultores quanto os industriais fossem identificados como beneficiários da política do governo. De fato, os industriais - supostamente representantes dos novos tempos - aliaram-se em sua maioria aos setores mais conservadores das forças em luta. Ao se inaugurar a Era Vargas, apesar das dificuldades políticas e econômicas enfrentadas, a industrialização do país já iniciara um caminho sem retorno.
Conclusão
Getúlio Vargas foi praticamente forçado a iniciar a industrialização no Brasil por causa da desvalorização do café, (devido à guerra e obrigação do Brasil parar de fazer empréstimos de fora e começar a pagar) a necessidade de produzir mais produtos no Brasil
Pois bem, no Brasil havia quase que exclusivamente a indústria de consumo, ou leve, que se dedicava à produção de "bens perecíveis e semiduráveis”. Desse modo, a implantação definitiva do sistema industrial dependia do encontro de soluções para a implantação da indústria pesada, produtora de bens duráveis de consumo, bens intermediários e bens de capital.